segunda-feira, 29 de julho de 2013

pela lei natural dos encontros

Ela pediu que eu contasse como estou me sentindo. "Deve ser estranho se adaptar a um lugar, voltar pra sua "origem" e ter que sair novamente" e ela ainda completou "deve ser no mínimo confuso!!" Talvez aquilo que ela estivesse falando fizesse sentido. Num momento breve, meus dedos pousaram sobre o teclado, dando um intervalo no movimento frenético que faz surgir palavras na tela do computador. Segurei aquele pensamento. Minha origem. Meus pais, minha irmã, minha família. Delícia de férias com eles, por mais que não tenhamos passado tanto tempo juntos.
Confuso... Talvez. Quase como se o tempo aqui fosse tão insignificante... Rever pessoas por um espaço tão curto de tempo. Conhecer pessoas numa velocidade tão impressionante. E partir - mais uma vez - é assim: confuso. Sair. Passar pelos biombos equatorianos e mostrar meu passaporte, minha documentação de menor de idade - pela última vez - e sentar, na espera que aquela fila para entrar no avião diminua, com um livro no colo e aquela sensação incerta e confusa de dúvida sobre ter saído pelo portão que dizia "exit" ou pelo que dizia "entry" - se é que eles são diferentes. Adaptação. Que diabos! Dá trabalho, é cansativo, mas nada muda no quesito felicidade quando estou em SP. Eu tenho muito na vida; de nada posso reclamar. E o cômodo já invadiu minha vida novamente: Mostar já não me é um mistério e, sim, um espaço geográfico no qual quero estar, sentada na beira do rio.

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