terça-feira, 31 de julho de 2012

aquele momento em que... #1

... sua irmã, que acabou de entrar em casa, vê você indo na cozinha buscar alguma coisa pra comer e te pede pra parar, aparecendo, logo em seguida, com um pacote de Calipso em mãos. Um pedido de desculpas por uma carona não dada. E aí um longo abraço de saudade prévia. Porque eu sei que vou ter muita saudade de uma querida artista que encheu seus olhos de lágrimas.
Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

oi e tchau - UWC brasil

Segundos anos brasileiros? Ah, os meus são excelentes. Na sexta-feira e no sábado (27 e 28 de julho), aconteceu o Bota-Fora da UWC Brasil, no qual conheci 7 dos meus 10 segundos anos, cada um deles especial à sua própria maneira. Conheci também 2 terceiros anos incríveis e 2 quartos anos fofíssimas!
Já estou até sentindo falta da Amanda dançando como uma verdadeira latina, da risada do Ricardo (recebendo cócegas da Júlia), do sotaque e da capacidade de falar e falar sem parar da Raísa, do carinho adotivo da Mariana, do jeito absurdamente engraçado da Silvinha, da timidez e da disposição da Lud, dos abraços e do jeitinho de falar da Kelly... Sem falar de ficar ouvindo o João, meu terceiro ano, repetindo váaaarias vezes pros meus segundos anos "aproveita que já tá acabando..."
É outra coisa ouvir sobre a vida nos colégios da boca de alguém que esteve por lá recentemente. E agora a animação está crescendo! Mas agora falta um brasileiro pra me contar sobre o meu colégio...
Fiquei impressionada com o jeito que nós, primeiros anos, fomos recepcionados. Pude sentir um pouquinho da família UWC, de como essa é uma comunidade linda, calorosa e receptiva! Foi triste me despedir deles. Foi triste me despedir da Isa, minha linda co-ano, guerreira pioneira em Maastricht, que passou uns dias aqui em casa. Não sei quando vou vê-la novamente ou se vou vê-la algum dia... Mas é isso aí, a UWC também é sobre despedidas...


Em Paraisópolis - Luiza (LPC 2009-2011) no ukulele,
Amanda (LPC 2011-2013) na viola e Julia na dança

UWCers Brasileiros comemorando os 50 anos do UWC!

Geração 2011-2013 (-3) e Geração 2012-2014 (-5)

Co-anos lindos: Gregório (UWCAd), Clara (MUWCI), Julia (UWC-PC) e eu!


quinta-feira, 26 de julho de 2012

alguns sorrisos que me foram roubados...

Caminhando na Paulista, indo de volta pra casa, me deparei com um som encantador. Era uma mulher tocando um violão amplificado e uma gaita. Ela tinha uma plateia no meio da calçada da Avenida Paulista, em plena noite. Sua música me deu um beliscão e, em vez de me acordar, fez-me sonhar. Fui invadida por uma paz e fui obrigada a sorrir.
Três amigos estavam parados na calçada, um pouco mais a frente, por onde passei. Eles tinham um cartaz de cartolina, no qual se lia "se você acha que a vida vale a pena, nos dê um abraço". Todas as pessoas que passavam por eles recebiam um chamado, um pedido de carinho e de amor. Peguei-me sorrindo.
Era terça-feira e eu voltava pra casa depois de um dia estressante. Mas a paz me tomava e eu conclui que existe, sim, amor em SP.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

semana becky bloom

Quando eu tinha 13 anos, li todos os livros possíveis sobre a Becky Bloom. Pra quem não sabe, é a história fictícia de uma personagem cômica que é viciada em compras (shopaholic). Um tempo depois, lançaram o filme, que é, por sinal, bem fraco. Mas o livro... É hilário. Eu gostava muito do estilo de escrever da Sophia Kinsella. Ela escrevia pra um público mais velho. Tenho quase certeza de que, se eu lesse esses livros hoje em dia, eu os odiaria. E eu achava muito engraçado ver como a Becky Bloom se torturava pra tentar evitar comprar as coisas.
A diferença entre eu e a Becky é que eu simplesmente detesto fazer compras. Eu acho que sempre detestei. Essa semana, saí todos os dias com a minha mãe para comprar alguma coisa para a minha viagem. Todo um enxoval de calcinhas, meias, sutiãs, calças, casacos... Porque tudo que eu tinha estava velho e destruído (falta de tempo para compras), além de que eu precisava comprar roupa de frio (Frio? O que é isso?). 
Pois é, neva em Mostar. Eu já estou aqui congelando no inverno de São Paulo (tem inverno em SP?), com 8ºC nessa manhã. Imagina o inverno de Mostar. Imagina o frio da neve... Caminhar pro colégio, cedo de manhã, no inverno... Terrível.
Pior é que eu acho que não há roupa que me esquente o suficiente pra eu não passar frio. O frio europeu será torturante. Quando eu paro pra pensar, agradeço muito o comitê por não ter me selecionado para uma bolsa no RCN. Acho que não aguentaria...
Mas é isso. Roupas compradas. Só falta sapato pra neve, mas acho que isso eu vou ter que comprar por lá mesmo. O mais engraçado é que os sapatos são fabricados aqui no Brasil, mas é muito mais fácil encontrar e comprar por lá. Agora, a pergunta que não quer calar é: vai ter o meu tamanho por lá?!
Semana Becky Bloom chegando ao seu fim. Chega de compras, não aguento mais.

domingo, 8 de julho de 2012

cisviando

Hoje faz exatamente um ano que eu fui para o México, para Queretaro, para A Piece 4 A Change Summer Camp. Aquele julho foi incrível, um dos melhores. Foi quando conheci Emma e tantas outras pessoas incríveis.
A Emma é uma adorável sueca de Gothenburg (sim, aquela cidade onde várias pessoas estão agora por conta da GothiaCup) que tem belos olhos, um grande sorriso e é uma grande amiga. Acho que levei um susto quando ela disse que viria para o Brasil em julho de 2012. Pela terceira vez. Mas é claro que fiquei feliz e disse que ela teria que ficar em casa.
De terça até hoje, fizemos muitas coisas. Meus amigos tiveram o prazer de conhecê-la e ela teve o prazer de conhecer meus amigos. Pude mostrar um pouquinho de São Paulo para ela e não sei dizer quem de nós duas está mais entusiasmada para o Village no Rio, do qual ela vai participar, que começa amanhã.
Experiências cisvianas. Nada como passar 5 dias com uma amiga sueca na sua casa.
Hoje, fomos ao Open Day do Kury Village, que está acontecendo em Santa Branca, SP, no Sítio Santa Eufrásia. Só estando lá eu pude perceber a falta que um programa de CISV faz nas minhas férias. Mas a verdade é que o CISV é mais do participar dos acampamentos e mais do que participar do Junior Branch. Costumamos dizer que o CISV é um estilo de vida. Talvez seja a loucura dos energizers ou a fervura na hora das discussões. Mas além disso, o CISV inclui ajudar para que os acampamentos possam acontecer e também estar sempre recebendo gente na sua casa e mostrando um pouquinho do seu país.
O Open Day foi incrível e me fez perceber mais uma vez que estou abrindo mão de ser JC. E mais uma vez eu me pergunto se 2 anos de UWC não serão muito mais emocionantes e transformadores do que acampamentos de CISV. Sem querer subestimar o último, mas uma convivência tão intensa quanto a que eu terei em Mostar não acontece em um mês de acampamento. Talvez eu esteja enganada. Todas as minhas experiências de acampamentos de CISV me mostraram o quão rápido alguém pode se tornar parte da sua família e o quão transformador um mês ou dois podem ser para alguém.
Ser um JC é o sonho de muitas crianças que retornam de seus Villages e, sem qualquer dúvida, é o meu desde dezembro de 2006. Perceber que eu estou abrindo mão desse sonho me fortalece. Às vezes e na maior parte do tempo, é necessário abrir mão de inúmeras coisas para se conseguir outras. Daqui a um mês e poucos dias, estarei embarcando para uma experiência doida da qual eu não faço a menor ideia do que virá. Que venha.


Isa, Neves, eu e Emma no Parque Villa Lobos