Ele me disse algumas coisas que me foram trazidas de volta aos poucos, enquanto relia um diário de três anos atrás. Tudo pareceu muito vivo enquanto eu ria das memórias redigidas.
Ele me dizia que, se havia alguém que sabia de (quase) tudo, era eu. Brincava de dirigir ao redor de retornos. Tentava aprender português, mas só arranhava umas poucas palavras inapropriadas. Ele brincava sem parar com um erro que eu havia cometido, confundindo anos com meses. Ele me chamava de aventureira.
Sentou-se ao meu lado naquela noite de ano novo em que eu tapava minha boca para não falar. Mandou eu me limpar na piscina. Ele riu de mim, da minha idade, do meu estado naquele momento; “you need to smile, Sofi”, disse e completou falando que eu ainda tinha muito pra viver. Eu achava que ele também.
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