sexta-feira, 28 de março de 2014

fragmentos (destruídos, em tradução)

- Sinto falta do Lucas.

- Nem me fale...

- É?

(Respiro fundo. Frustrada. Cansada. Sentimental)

- Sim. Nos últimos dois meses, eu estive tentado organizar uma sessão latina...

- É... Mas, sabe, é estranho. Ontem, na praia debaixo da Ponte Velha, eu vi a Marta, o Simon e você abraçando e eu senti que vocês eram minha família. De verdade, Sof, é muito estranho! Realmente senti como se vocês fossem minha família, um carinho muito imenso. Muito, muito esquisito.

(As lágrimas ameaçam. Não vêm. Mas eu as sinto escorrer por dentro de minhas vértebras. Vermes.)

- Eu sei. Também não consigo entender. Mas somos. Realmente sinto como se vocês fossem meus babies.

- Eu vou sentir muito a sua falta ano que vem.

(Pronto! Aí está, Maon! Agora posso ser a resistente. A indiferente. Mas sei que é verdade. E me confundo com essa mistura de reações.)

- Eu vou estar pertinho.

- Eu sei. Mas eu vou sentir falta de ter você na minha vida. Você vai ser uma memória muito boa.

- Você também.

- Espero que sim. Você já sabe o que você vai fazer? É oficial?

(Tremo. Apavoro. Quero cuspir tudo que se embaralha na minha cabeça.)

- Não é oficial, mas, bom, eu vou pra Alemanha, é isso. E você tem que me visitar.

- Bom, agora eu tenho alguma razão para conhecer a Alemanha. E uma muito boa.

Um silêncio ocupou nossa caminhada. Chegávamos em Susac.

- Olha! Vênus! 

- Onde estão minhas Três Sofias?

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