segunda-feira, 24 de março de 2014

a lei natural dos encontros

Tenho uma mania de criar teorias sobre o contato social e sobre a cultura do UWC Mostar. Há the balance theory, the generations pattern (não é minha criação e não concordo com ela), e a two types.
Gosto de pensar que há dois tipos de pessoas nesse colégio - e não ignoro as exceções. Há as pessoas que permanecem em seu quarto e recebem visitas. E há as pessoas que visitam, que raramente são encontradas em seus quartos.

Durante meu um ano e meio morando em Musala, sempre me coloquei na segunda categoria. O #8 e o #1 nunca foram necessariamente lugares de descanso, de calma. É verdade que no último meio ano o #1 se tornou ponto de visita também, enquanto me encontrava com mais pessoas sentadas na minha cama do que eu jamais imaginaria que caberia. Mas o #8 nunca foi ponto de visita e devo admitir que parte disso foi simplesmente porque eu nunca estive por lá, a não ser nas madrugadas viradas olhando para as cores amarelo, verde e azul do lado de fora. Durante meu ano e meio morando em Musala, eu me aventurava em dar boa noite de quarto em quarto nas noites em que meu humor estava em euforia.

A minha mudança pra Susac me trouxe pra categoria um. E isso me foi absurdamente estranho no começo, quando não fazia sentido sair do quarto pra procurar meus amigos, porque eles geralmente já estavam lá quando eu chegava. Então me instalei nessa categoria, na zona de conforto do #10, com as madrugadas cheias de café e a luz acesa mesmo que Eli já tenha adormecido.
Agora, retorno. E me pergunto que diabos isso significa.
Retrocesso?
Me carrego para uma semana em Musala. Sem saber o que vai ser desses loucos dias que estão por vir, com uma Conferência se aproximando e prazos finais do IB. Mas no final das contas estou agradecida que meus próximos dias não sejam sobre mim, que eu não tenha que priorizar minhas próprias responsabilidades.

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