sábado, 1 de setembro de 2012

recepção de um hotel imaginário e arrepios

Ontem, todos os primeiros e segundos anos foram passar o dia em Kravice. Basicamente, são as cachoeiras mais próximas de Mostar. São lindas. Não tanto as quedas d'água (digamos que o meu padrão de cachoeiras bonitas resume-se à Chapada Diamantina...), mas a cor da água em si é impressionante.

Foi muito divertido. O dia estava tão quente e foi maravilhoso entrar naquela água gelada.
Perdi a conta de com quantas pessoas eu fui tomar um café ou um sorvete nos barzinhos de lá. Mas a parte mais divertida foi quando eu tive oportunidade de falar português. Markus (Áustria/ República Tcheca) teve a brilhante ideia de jogar o seguinte jogo: uma pessoa é um hóspede de um hotel e está precisando da ajuda do gerente. Quem assiste o jogo escolhe, sem que o "gerente" saiba, algum problema que o hóspede tem. Só que tem um pequeno detalhe: você só pode se expressar na sua própria língua!
No meu caso, joguei com Betka (Eslováquia - 2nd year). O meu problema era que o meu vizinho tinha atirado na parede com uma arma e agora ele mandava meias com cartas de amor pra mim pelo buraco. Claro que foi hilário. A Betka não entendia nada que eu falava, mas ela ficava respondendo e eu não entendia absolutamente nada! Quando eu fiz um gesto de arma, ela falou (em eslovaco, claro) "Você gosta de armas? Eu sei um ótimo lugar pra comprar armas!" e o Filip (BiH) começou a chorar de rir e eu não entendendo nada. A Betka não parava de repetir "buraco!".
Mais uma vez, isso acontece no UWC... e o melhor (ou pior, depende do ponto de vista) é que eu sou a única falante de português por aqui (porque o Han-Sol saber falar "caralho", "eu falo português" e "filho da puta" não conta....)

Tamar (Israel), Yuval (Israel), eu e Mario (Espanha)




Antes de ontem, tive um dos momentos mais incríveis aqui. Nossos segundos anos preparam a Cerimônia de Abertura (Opening Cerimony). Foi absurdamente linda. Não tem como descrever a emoção de ouvir Noga (Israel) cantando Don't Upset the Rhythm by Noisettes e Us by Regina Spektor. Caramba, eu fiquei completamente arrepiada. A Lucie (Alemanha) tocando violino, a Peya (Namibia) dançando melhor do que qualquer pessoa que eu conheço e Myriel (Áustria) tocando violão com a bela voz da israelita trouxeram lágrimas pros olhos de muitos dos meus co-years. Óbvio que os esquetes foram fantásticos! Principalmente o Quinten (Holanda) interpretando o próprio firstie, Jochem, com um boné e agindo como se fosse o cara mais gostoso do mundo (não que o Jochem realmente faça isso, mas a gente tira muito sarro dele). Depois Franjo (BiH) falando sobre a comida da escola, que é sempre frango... E óbvio, Gwenno (País de Gales) com a sua fantástica paródia de I Will Survive (as long as I have coffee, I know I'll stay alive) sobre o IB. Dei boas risadas.
A cerimônia foi incrível. As palavras de Valentina, a diretora do colégio, também foram muito belas. Ela abriu mais um ano desse colégio incrível. Nós somos a 7ª geração de um colégio que era pra ter durado só três anos e lutou muito pra estar como está agora. Óbvio que não é perfeito (nenhum colégio é perfeito), mas é perfeito do seu jeitinho.


Lucie (Alemanha), Noga (Israel), Myriel (Austria) e Peya (Namibia)
Franjo (BiH), Gwenno (Wales) e Damir (BiH)

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