Não foi a semana cultural mais successful. Não foi nem perto do que eu, Anita e Erika gostaríamos que tivesse sido, mas foi nossa culpa, culpa do tempo, da série de desafortunados eventos que tornaram mais e mais difícil a organização dos eventos. Mas não deixou de me trazer bons momentos. Desde passar a cuia na roda e assistir pessoas se desapontando com o gosto. Elissavet quando criança assistia a novelas argentinas e experimentar chimarrão foi a realização de um sonho de infância. Mais e mais gente adentrava a sala comunal e se juntava ao nosso momento cozy com um pouco de música folclórica (para a alegria de Simon) e mais Calle 13. Fiquei impressionada com "No" de Pablo Larraín, um filme impressionantemente bom; um retrato muito bom de campanhas políticas, de marketing e, é claro, da ditadura militar no Chile no seu lado mais desesperançoso - a esquerda.
Passei a semana andando de cima pra baixo com um tripé debaixo do braço e a câmera no outro, tentando gravar o vídeo que apresentaríamos na Ceia de Dia de Ação de Graças de quinta-feira. Um trabalho desgraçado e desgastante, mas que me trouxe alegria enquanto me sentava na nossa própria "sala de edição" cantando Spice Girls sem motivo nenhum. E aquela tarde passou voando e até perdi a conta de quantas vezes Marta adentrou o quarto, desesperada por algo acontecendo na cozinha - roubou a carne dos noruegueses! A Ceia foi divina. A comida muito boa - os americanos sempre conseguem produzir uma quantidade inimaginável de comida -, o Spanish Room organizado de uma forma muito agradável, com velas, guardanapos e fotos das nossas hometowns no projetor. A Ceia foi longa, com diferentes pratos de comida (chilli con carne!) e diferentes apresentações. Fomos deixados para o final (como gran final ou como o menos importante?). Quando chegou a nossa vez, metade do Spanish Room já estava vazio. Uma pena que todos tenham ido embora; muito rude da parte de todos que foram embora (Mas nós estamos aqui!). Foi rápido. Passou assim como uma mosca na minha frente e quando me dei conta já estava cantando os últimos versos da canção que estava projetava na parede (estava eu lendo?). Latinoamérica. Alma pelada, como disse Eli. E foi só assim mesmo que acabamos com duas ondas de ovações e eu não podia estar mais feliz de ter feito aquilo do lado daqueles quatro - uma família. Recebi tantos abraços maravilhosos e emotivos, cheios de amor. Um agradecimento - por que? O lugar certo pra se estar.
Ontem, me bateu tão violentamente quanto o vento do lado de fora. De repente me toquei que um termo inteiro havia se ido, havia escorrido das minhas mãos por entre meus dedos como areia. A nostalgia me pegou quando estava atrás da mesa de dj, na última Festa Latina que organizo. E como gosto daquilo! E como gostei de abraçar André, um segundo ano que está de visita. O semestre se foi e pouco resto antes de estar em São Paulo outra vez. Embora pareça muito longe: treze dias. Me enchi de perguntas. Será que fiz tudo que gostaria? Me dei tempo pra conhecer essas novas pessoinhas que são os primeiros anos? Será que consegui dar tempo pra mim mesma e também para os outros? Não há respostas; só abraços.
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