Depois de 5 anos de aula de inglês, finalmente achei uma decente. English A - Language&Literature com certeza é melhor do que qualquer aula de inglês que eu já tive. Na segunda aula, tivemos a oportunidade de discutir algo impressionante: a forma como as relações entre gêneros e entre as pessoas afeta a construção de uma língua. Em inglês, por exemplo, "chairman" não tem uma versão em feminino. E "mistress" é tanto a versão masculina de "mister" quanto "amante". Enfim, tivemos uma discussão muito interessante e depois Sara (França), Tamar (Israel), Bo (Holanda) e eu falamos como era essa diferença de pronomes de tratamento nas nossas próprias línguas. Na verdade, a Lisa, nossa professora, realmente estudou sobre os os gêneros na gramática, o que torna a coisa ainda mais interessante. Além disso tive a oportunidade de aprender novas palavras pro meu vocabulário (engraçado, mas a Erika, dos EUA, também não conhecia as tais palavras).
A aula de história... Uau, fiquei com medo de quase dormir outra vez (como na aula anterior). Mas a aula foi maravilhosa. Ficamos discutindo sobre o que Guerra significa, por quais motivos ela pode acontecer. Eu quase falei pra Pauline que, na minha opinião (sim, sou aprendiz de Claudia), quase todas as guerras acontecem por motivos econômicos, mas resolvi ficar na minha. Nossa discussão incluiu a Guerra Civil Espanhola com curiosidades exclusivamente contadas por Carme (leia-se: Carma), de Barcelona, sobre os resquícios da Guerra e as divisões claras entre as famílias por conta dos "lados" escolhidos por seus antepassados. Também falamos sobre as guerrillas na América Latina e pude falar um pouquinho sobre a Ditadura Militar no Brasil.
Discutimos o significado da frase de Clausewitz "War is nothing more than the continuation of politics by other means." ("A guerra não é nada além da continuação da política por outros meios"). O engraçado é que essa frase pode ter duas interpretações: uma delas (pra mim é a mais óbvia) é a de que os seres humanos, quando não conseguem resolver as coisas através da conversa, da negociação, partem pra guerra, pra força; a outra é que a guerra e a política tem o mesmo objetivo, ou seja, optar pela guerra não muda o objetivo. Os fins não mudam, só os meios. E essa discussão levou pra outras perguntas: "o uso da violência é algo natural?" "a guerra faz parte da experiência humana?" "vamos sobreviver à WWIII ou as bombas nucleares vão matar toda a nossa espécie?".
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