sábado, 19 de janeiro de 2013

viver sem escolta

Chegar de uma noite um tanto quanto surpreendente e deitar na cama da sua colega de quarto que está usando seu computador. Limites, vida, lugares obscuros nos quais não conseguimos entrar. E uma das coisas que sempre me impressionou sobre Veronika é sua opinião tão forte e tão diferente de tudo que eu já havia ouvido. Simplesmente o jeito de encarar, de sorrir, de enfrentar e de impor limites a si mesma (o que, geralmente, na vida dela, significa não ter limites nenhum).
Conversamos sobre o presente e o futuro. Sobre o medo que eu tenho de não descobrir nunca o que eu quero, ao mesmo tempo que eu tenho tudo planejado. E o conselho que ela me deu foi: "descubra quais são seus limites, o que te faz ser o que você é. São seus pais? São seus desejos de viajar e conhecer o mundo?". E não tenho a menor sombra de dúvidas de que foi o melhor conselho que eu já ouvi sobre o meu futuro. O que eu mais gostei foi perceber que eu nunca parei pra pensar nisso. Embora eu tenha noites e noites, madrugadas e madrugadas de pensamentos que não me deixam dormir, eu nunca indaguei sobre isso. Não tão diretamente, pelo menos.
Nossa conversa foi interrompida por uma querida amiga entrando no meu quarto com um pote de Nutella pra dividir comigo e fui arrastada para uma conversa que rendeu muitas risadas, como sempre acontece quando estou com Marija. Depois que ela se foi, voltei pra cama de Veronika e pudemos conversar por mais um pouco antes de eu resolver jogar todas as coisas que estavam sobre minha cama no chão e dormir.

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