Depois de 25 minutos de filme, fechei meu computador e resolvi escutar 5 a Seco, como tenho feito nos últimos dias quando não estou escutando nem Gotan Project nem Le Luci Della Centrale Elettrica. De repente, dei-me conta de algo que já fazia faz tempo: tive um clique e me dei conta de que sou um paradoxo. Quero tudo aquilo que não sou, tudo aquilo do qual pareço estar me afastando a cada dia. Quero sair pelo mundo, quero ser completamente independente e livre. Mas enquanto meu coração vai se enroscando em amores, amigos e pessoas incrivelmente maravilhosas pelos lugares que passo, parece que fujo do meu desejo. Parece que Alex Supertramp esteve tão certo em seus últimos minutos de vida, que, sei lá, tudo na vida é tão incerto e incompleto; o tempo tão limitado e pegajoso...
"Os únicos presentes do mar são golpes duros e, às vezes, a chance de sentir-se forte. Eu não compreendo muito o mar, mas sei que as coisas são assim por aqui. E também sei como é importante na vida não necessariamente ser forte, mas sentir-se forte, confrontar-se ao menos uma vez, achar-se ao menos uma vez na mais antiga condição humana, enfrentar a pedra surda e cega a sós sem outra ajuda além das próprias mãos e da cabeça."
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