segunda-feira, 11 de junho de 2012

por que o país se chama Suíça?

Nesse momento de estudos finais do semestre, revendo a França Bourbônica e a Guerra dos 30 Anos, começo a lembrar um dos motivos que me levaram a me interessar pelo UWC.
Lembro-me de me apaixonar por História na 7ª série, quando tive um dos melhores professores da minha vida, o Uirá. Ele provocava tanto a gente falando sobre a Igreja e sobre a cultura, principalmente. Vários amigos meus passaram a detestar a Igreja Católica após termos aprendido sobre a Idade Média e sobre a Inquisição.
Um dos ápices do meu aprendizado com o Uirá foi quando ele organizou um debate entre os alunos da classe, na 8ª série, no qual metade defendia o Liberalismo e a outra metade defendia o Socialismo. Até hoje lembro tão claramente de algumas falas, inclusive da Laila falando sobre a maçã do vizinho e do Wata dando argumentos impecáveis.
Quando entrei no Santa, me apaixonei pelo professor de História logo de cara. O Marco era extremamente diferente do Uirá, mas eu tinha consciência de que isso tinha bastante a ver com o colegial e com a clara adolescência. Era extremamente gostoso assistir às aulas do Marco, com aquele seu jeito calmo de falar e pedir silêncio e o jeito super liberal de não fazer chamada, de forma que só os alunos interessados compareciam às aulas. Foi ainda mais gostoso ter achado uma amiga querida apaixonada por História! A Isabel e eu nos divertimos tanto tendo discussões históricas e, principalmente, assistindo e discutindo o seriado Rome! Chegava a ser meio idiota.
No 2º ano, eu comecei a ter aulas com a Claudia. No começo, admito que tinha certa birra dela, porque os alunos do terceiro falavam tão bem dela e eu não conseguia compreender como eles podiam achá-la legal com todas aquelas histórias de "Se vocês entenderem os conceitos das primeiras aulas do ano, História fica muito fácil!" e "História é movimento" que ela repetia sem parar. Demorei um pouco pra entender a genialidade dela e, quando o fiz, talvez tenha tido as melhores aulas da minha vida. As aulas dela fluem muito bem e o que mais me encanta é a paixão clara que ela tem por aqui que ela ensina. Eu quero ser apaixonada pelo que eu escolher fazer da minha vida assim como ela é.
Tudo isso para concluir que um dos motivos que me levaram a me interessar pela UWC, por mais pequeno que ele seja, foi a ideia de ter aula de História com pessoas de todo o mundo. Eu imagino ter uma aula sobre a Crise de 29 com um estadounidense corrigindo ou acrescentando mais coisas ao que o professor diz. Imagina só poder fazer todas as perguntas culturais, que a Isa e eu costumamos fazer aos professores, para os meus próprios colegas de classe! "Por que chama Switzerland?"
Acho que, no final das contas, não é necessário um motivo muito grande pra te levar a fazer algo. É claro que a minha paixão por História foi só um dos fatores que me levaram a me inscrever no processo seletivo da UWC, mas, ainda sim, foi importante. Não é à toa que eu não abrirei mão de fazer History HL.

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