segunda-feira, 26 de agosto de 2013

de onde vem a calma

Parecia que ia chover, mas resolvi enfrentar aquela ausência dentro de mim, colocar algo nos pés e fugir daquela prisão que era minha cama, na qual eu tinha me colocado na tarde anterior. Comecei a correr na Ponte de Tito e continuei meio sem destino, admirando as ruas de Mostar num ritmo muito meu e muito único. Subi pela rua de Beck's e acabei virando na rua de Jump Jump. Quando me dei conta, estava passando por uma igreja à minha direita e logo depois acabei me deparando com a entrada de uma rua muito conhecida, com um hotel de um lado e uma mesquita do outro. Parei; sorri. Me pareceu engraçado que eu tivesse me deparado naquele lugar, com uma saudade grande no peito e um entender não-entender dessa solidão grupal que vivemos. Continuei minha corrida como se estivesse enfrentando todo o verão a partir do lugar em que ele tinha começado. Passei por uma rua desconhecida e entendi muita coisa naquela minha jornada engraçada, cedo pela manhã. Quando cheguei em Musala, me deparei com um grupo de primeiros anos e sorri, limpando o suor da minha testa, recebendo-os em sua casa, desejando um bom dia, cheia de esperança pra um dia muito melhor que o anterior.

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