quarta-feira, 15 de maio de 2013

um terço do caminho

Esses dias exaustivos em que eu jogo minhas roupas no chão de tal forma que tenho que evitar olhar pra bagunça do meu corner quando nele entro, e tenho que tomar cuidado pra não pisar em nenhum cinto, nenhuma garrafa d'água, despertador ou bolsa... Tenho passado a maior parte do meu tempo deitada no Chilling Sofa de Celia e Chloe, meu quarto preferido nesses tempos...
Já fiz provas de inglês, espanhol e a primeira de matemática... agora só tenho mais uma prova de matemática, uma de português, duas de peace&conflicts, duas de biologia, duas de história e terei oficialmente terminado metade do IB. Parece nada... Porque eu sei tudo que vem pela frente.
E agora quase todos os segundos anos terminaram seus exames e só sobramos nós, os primeiros anos preguiçosos e cansados, que mal terminaram as aulas e já entraram nessa maratona horrorosa de provas. E eu acho que nunca estive tão cansada na vida... Por mais que durma de 6 a 7 horas por noite (algo que nunca acontece em circunstâncias normais), continuo querendo retornar pro meu colchão, pra debaixo do meu cobertor (mesmo que esteja um calor absurdo e um sol ardente do lado de fora).
São só mais uma semana e dois dias... Eu aguento, não é? E depois será uma maratona de despedidas... Ontem, já começamos com segundos anos doando roupas, assim como primeiros anos. A Swishing Party organizada por Chloe e Liza: algo como uma feira de roupas descartadas, que me rendeu muitas peças maravilhosas, incluindo dois vestidos de Pauline (que vou guardar com todo o carinho). Estou tentando não estressar em relação à minha performance na formatura, mas a falta de energia e tempo não me ajudam a ensaiar e parece que eu não tenho nada ainda... Nem força, nem número, nem certezas.
Mas vou seguindo... Mesmo com essa dorzinha no peito e essa vontade e desvontade de voltar pra casa e de ter meus primeiros anos andando por Mostar... Vou sentir falta de Musala, do meu quarto, das minhas roommates, da parede do lado de fora de Musala, das horas e horas rindo na varanda de Bo depois do check-in... Ando tão nostálgica...

"A distância ia-se esticando, fazendo fila de arbusto, a submissão indomável do mato, da seca ao tempo. Mesmo sem chuva, a resistência da cor traduzia uma vontade de viver." Maria Amélia Mello

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