Coloco uma música no replay. Sento no same old place em que Quinten sempre se encontrava ano passado e que adotei esse ano. A música começa com poucas batidas e explosões começam. A música representa aquelas horas em que fico sentada ali, recebendo um turbilhão de informações em tempo real. Prisão, polícia, protestos. Final de colegial, formatura, vestibular.
Día de los Muertos.
Estou cansada. Exausta. Acordei cedo essa manhã e fui correr. Me aventurei por ruas de Mostar, por lugares que nunca tinha descoberto. Encontrei cemitério atrás de cemitério. Não podia me jogar na cama, porque meu lençóis estavam na máquina de secar e me restou finalmente dar o presente de aniversário (atrasado) que Lera e eu preparamos pra Amina: uma coleção de coisas (in)úteis.
Uma semana cansativa, mas boa... Celebramos o aniversário de Noam entre latinos na praia (talvez minha última vez deitada nas pedras, na margem do Neretva). Recebi uma surpresa (quase) inesperada de uma primeiro ano querida, Tati, que está estudando no Adriático. Tive a oportunidade de me divertir com ela, mas também de ter papos sérios, de sentar pra comer uma pizza (não tão boa quanto a italiana) e de dançar Ai Se Eu te Pego na festa de Halloween: eu de pirata, Lucas e Tati de Família Adams.
Depois desse long weekend de muita informação sobre as Filipinas, finalmente acabei meu Internal Assessment de Peace and Conflicts, uma matéria misteriosa que gosto mais e mais a cada trabalho.
De novo me sento, ouvindo a mesma música over and over again, conversando com Maud. Penso naquele abraço de ontem. Me senti confortável nos braços da minha melhor amiga desaparecida, mas que nunca deixa de ser minha melhor amiga, nas escadarias da entrada de um prédio, com meu guarda-chuva na mão e aquela "breath in, breath out" que quase tinha esquecido.
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