Mostar, 14 de setembro de 2013
1h15, sábado, Musala second floor - quarto #1
Foi um dia intenso desde o momento em que acordei: quando me dei conta que as duas horas que tinha
planejado dormir (das 22h até à meia noite) não tinham funcionado e eu estava
debaixo das cobertas com a mesma roupa do dia anterior e com a bebida
energética deitada ao meu lado, em cima da minha mesa. Acordei sozinha, sem
despertador nem nada, às 7h. Meu dia na escola foi extremamente curto: uma aula
de biologia muito tediosa, dois blocos de matemática que foram cancelados pelo
fato de que a professora bateu a cabeça na placa – literalmente -, um bloco
inútil de história no qual fiquei pesquisando sobre o meu futuro, um almoço
calmo e uma reunião breve e direta. Encontrei Amber e Markéta sentadas em Coco
Loco. Quando Bo chegou,
todas nós bebemos cerveja para comemorar "the whole two free days" que teríamos pela frente e nos deliciamos com nossas risadas espalhafatosa
devido à diversão que tivemos naquele momento. Nos demos conta de como é fácil estar entre
nós; do quão fácil é saber o que esperar uma da outra e aproveitar tanto essa
amizade.
A reunião sobre universidades na Europa e no Canadá foi um tanto
quanto inútil, mas tive o privilégio de caminhar um pouco com Bengisu depois
disso. Na volta pra Musala, me deparei com Reetta (Finlândia, minha segundo ano que voltou para seu terceiro ano) e fiquei genuinamente feliz
em ver o vestido azul de bolinhas brancas e seu apetite por cozinhar. Sentei-me
na cozinha e tentei trabalhar um pouco, sendo interrompida por diversas pessoas
queridas. Saímos de Musala por volta das 17h10 para um jantar em Megi, para
comemorar o aniversário da querida Christina (Austria). Tivemos um jantar divertidíssimo,
super íntimo e gostoso. Ansiosas para o primeiro dia do Mostar Summer Fest (um festival de dois dias com bandas incríveis da BiH), eu e Mandula fomos juntas pra Old Man’s e acabamos sentadas com Ema (Sarajevo), que confiava em nós de tal forma que me trouxe uma felicidade, um carinho de segundo ano. Eu e Mandula resolvemos nos direcionar a Kantarevac e
arrastamos Uri conosco. O espaço estava vazio por bastante tempo. Depois de uma meia hora, o espaço já estava mais ocupado – e ocupado por
pessoas do UWC, finalmente. As primeiras bandas eram péssimas, mas a noite
prometia. Zoster foi sensacional. Hladno Pivo também. Os primeiros anos são incríveis e me
diverti demais com eles nessa noite, dançando, pulando, cantando... Demos muita risada. Quando
retornei para casa, fui à varanda de Amber, esperando encontrar Bo, Markéta e Amber ali.
Me deparo com as três dormindo juntos, num bolo de membros corporais debaixo de
cobertas e só consigo sorrir com aquela cena na minha frente. Me debruço sobre
o parapeito e admiro a vista, inclusive as luzes vindas de Kantarevac que
dançam iluminando as montanhas que cercam o vale em que Mostar está. Amanhã promete... mais um dia, com SARS dessa vez e uma nova perspectiva.
(pela falta de tempo para escrever, deixei aqui, nos últimos dois posts, palavras escritas no caderno cor de vinho que carrego na mochila)
Utopija - Zoster
Utopija - Zoster
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